Visita Guiada a Belmonte

Castelo de Belmonte​​​​​​

O Castelo de Belmonte é um exemplar da arquitetura militar românica, gótica, manuelina e setecentista cuja construção remonta, provavelmente, aos finais do século XII. Passou de castelo fortificado a residência senhorial.
Foi residência da família Cabral até finais do século XVII, tendo sido abandonado devido a um violento incêndio. Sofreu várias remodelações.

Capelas de Santo António e do Calvário​​​​​​

Conjunto formado por dois pequenos edifícios. Ainda há dúvidas, mas tudo indica que a Capela de Sto. António é a mais antiga (séc. XI/XVII). Nesta capela encontra-se um brasão com as armas das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral.
A Capela do Calvário será já uma construção do século XIX.

Pelourinho​​​​​​

O pelourinho de Belmonte que atualmente se pode observar na designada Praça Velha é uma reconstrução revivalista do marco judicial do município de Belmonte, era junto dele que era aplicada a justiça e anunciadas publicamente as posturas municipais e as diretrizes de poder central.
Representa uma prensa de azeite. Destruído no século XIX, foi reconstruído nos anos 80.

Sinagoga​​​​​​

Em 1989 foi oficialmente criada a comunidade judaica de Belmonte, cuja Sinagoga foi inaugurada em 1997, atualmente é uma das poucas comunidades com Rabi. A estrutura arquitetónica interna desta Sinagoga obedece a dois postulados tradicionais: a orientação do edifício para Jerusalém e a separação entre homens e mulheres na sala de orações sendo a galeria do piso superior destinada às mulheres.

Estátua Pedro Álvares Cabral​​​​​​

A estátua de Pedro Álvares Cabral foi executada em 1961 por Álvaro Brée. Trata-se de uma representação do capitão-mor da segunda frota com destino à Índia na qual é apresentado uma postura calma, firme e pensativa, ostentando o Astrolábio numa mão e a cruz e a espada na outra.

Torre de Centum Cellas​​​​​​

As ruínas da Torre de Centum Cellas, também conhecida como Torre de São Cornélio, tornou-se dos mais emblemáticos enigmas desta região, facto que acabou por originar um sem fim de lendas e estudos.
A Torre revela-se a parte central e melhor conservada daquela que constituiu a villa de Lucius Caecilius, um abastado cidadão romano, negociante de estanho, que, em meados do século I d.c. mandou edificar a sua residência nesta zona, sob direção de um arquiteto que, ao que tudo parece indicar, conheceria profundamente as técnicas construtivas ditadas por Vitrúvio.

Villa da Fórnea​​​​​​

Este conjunto é parte do que resta de uma villa romana provavelmente habitada a partir do Séc II e até ao Séc IV, localizada a meio caminho entre Belmonte e Caria. Esta villa foi descoberta em 1999 durante a realização das obras do traçado do IP2 e desde logo revelou um surpreendente estado de conservação assim como um interessante espólio.
Esta propriedade rural terá albergado uma pequena comunidade auto-suficiente provavelmente constituída por uma família e seus criados.
Dos vestígios de construções postos a descoberto, destacam-se as fundações da residência, dos estábulos, das forjas e dos celeiros, tudo organizado em formas quadrangulares perfeitas.

Antiga Judiaria de Belmonte​​​​​​

A presença dos judeus em Belmonte foi constante desde a Idade Média, embora a reconversão forçada em 1496 tenho feito nascer um criptojudaísmo que contribuiu para a dispersão da comunidade judaica.
Acredita-se que a antiga judiaria se localizava no chamado Bairro de Marrocos, onde supostamente se situava também a antiga sinagoga, Restam ainda alguns vestígios da presença judaica na zona, como as cruzes cinzeladas nas ombreiras de algumas portas e letras hebraicas em vários silhares do castelo.